Se antes era possível obter retornos elevados com títulos públicos de baixíssimo risco, não se pode dizer o mesmo atualmente. Muitos analistas viram o crescimento de investidores pessoas físicas na bolsa de valores como consequência desse fato .

Recentemente, a B3 publicou estudo inédito do perfil de investidores da bolsa e foi constatado que, ao final de abril de 2020, havia cerca de 2 milhões de pessoas físicas na Bolsa. O número de contas de investidores PF na B3 chegou a 2,4 milhões, dado que o mesmo CPF pode ter contas em corretoras diferentes para operar na bolsa de valores. Esse número representa um aumento de 42% em relação ao mesmo período de 2019, que já havia apresentado robusto crescimento de 107% em relação ao ano anterior, conforme tabela abaixo:

Analisando agora os investidores de títulos públicos, de acordo com o Balanço do Tesouro Direto de abril de 2020, houve um crescimento de 68% no número de investidores cadastrados nos últimos 12 meses. Isso indica que pode não estar havendo exatamente uma migração de Renda Fixa para Renda Variável.

Estamos diante, portanto, de um crescimento no número de investidores brasileiros que, assim como você que nos lê, entende a importância de investir para alcançar a almejada independência financeira.

A evolução é muito animadora, principalmente considerando o ainda jovem mercado financeiro brasileiro (que tomou forma apenas após a estabilização da década de 90 com o Plano Real) e a precária educação financeira da nossa população.

Apesar do crescimento expressivo do volume de contas na B3 nos últimos anos, esse número representa apenas 1% da população brasileira. No caso do Tesouro Direto, o percentual chega a 3,2% da população total.

Em janeiro de 2020, de acordo com dados do Serasa, havia 63,8 milhões de brasileiros endividados no Brasil. Esse número representa 38% da população e já subiu com a crise do coronavírus, afetando fortemente aqueles que não tinham economias e dependiam unicamente do rendimento do trabalho.

Ainda de acordo com o Serasa - dados de março de 2020 -, 34% da população brasileira tem alguma reserva financeira. Dos entrevistados, 62% investem na poupança (que em muitos anos ‘perde’ para a inflação), 27% guardam dinheiro em casa e 23% deixam na conta corrente. Isso indica a precária educação financeira no Brasil e que há um longo caminho a percorrer pela frente.

O principal objetivo do Economia do Dia é reduzir o percentual de devedores no Brasil e mostrar aos que poupam como alcançar a tão sonhada independência financeira. Acreditamos que isso seja possível através de uma educação financeira interativa e de qualidade, descomplicada, acessível e direto ao ponto.

Nesse sentido, o Economia do Dia se orgulha de ajudar milhares de pessoas na obtenção dos certificados CPA-10, CPA-20 e, em breve, CEA. Profissionais certificados conhecem os devidos padrões de ética de mercado e estão aptos a recomendarem produtos financeiros para os seus clientes, respeitando o perfil de cada investidor.

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