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Artigo

Publicado em 02/06/2021 às 14:46:35

Introdução às finanças comportamentais

Conheça todas as heurísticas e vieses que podem te prejudicar como investidor!

As finanças comportamentais sugerem que apesar da maioria das decisões econômicas serem tomadas de forma racional e deliberada, devemos também levar em conta decisões emocionais e automáticas dos indivíduos, que muitas vezes se apegam a simplificações ou regras de bolso conhecidas como heurísticas.

Assista o vídeo abaixo para entender todas as heurísticas que podem ser cobradas nas provas de certificação do mercado financeiro!

Caso você esteja se preparando para a prova do CPA-20, é importante mencionar que as heurísticas costumam confundir bastante os candidatos. Inclusive este é o tema com maior índice de erros nos nossos simulados. No nosso curso completo você aprende tudo isso em detalhes e pode contar com a ajuda da equipe do Economia do Dia no Whatsapp, além do seguro aprovação.  Quero me inscrever no curso CPA-20 com seguro aprovação por 12x R$48,42

Abaixo você poderá encontrar um resumo de todas as principais heurísticas que afetam o comportamento do investidor:

Disponibilidade

Muitas vezes nós somos influenciados a tomar decisões por conta do viés da facilidade de lembrança.

Antes de explicar como funciona a lógica por trás da heurística da disponibilidade, te convido a responder a pergunta desafio abaixo:

Ao longo dos últimos 100 anos, o que você acredita que ocorreu com o número total de mortes anuais no mundo decorrentes de desastres naturais?

  1. Mais que dobrou
  2. Permaneceu mais ou menos igual
  3. Diminuiu para menos da metade

Pode parecer estranho afirmar que o mundo está melhorando, mas a resposta certa, de acordo com os dados da ONU e estudo consolidado da Gapminder, é a letra C.

Se você errou não se preocupe...esse teste já foi feito com dezenas de milhares de pessoas (incluindo diversos líderes globais) em todo mundo e o percentual de acerto é menor do que 33%.

Isso significa dizer que o seu cachorro tem mais chance de acertar do que você.

O fato é que o número de mortes absolutas causadas por desastres naturais caiu mais de 75% nos últimos cem anos. Se considerarmos que a população mundial aumentou em 5 bilhões, a evolução per cápita é infitamente mais impressionante.

Mas tudo aquilo que é progresso gradual não vira notícia.

Todos os dias somos bombardeados com notícias trágicas de mortes, estupros, sequestros, crises, guerras, etc. e precisamos saber lidar com isso.

Olha um exemplo do que eu to falando aí:

No ano de 2015, durante 10 dias, o mundo inteiro assistiu pela televisão as imagens trágicas de um terremoto no Nepal que matou 9 mil pessoas.

Em um momento de tristeza como esse, é claro que não vamos olhar para o repórter na televisão e pensar “poxa, mas o mundo tá melhorando, nem morre mais tanta gente de desastres naturais”.

Isso não existe. Somos seres humanos e nossa capacidade racional é automaticamente bloqueada por medo, angústia e compaixão. E assim que deve ser. Em um momento como esse inclusive e se possível, temos mais é que ajudar.

No entanto, apenas para efeito comparativo, durante os mesmos 10 dias, aproximadamente 9 mil crianças morreram de diarreia no mundo todo.

Isso também não virou notícia.

Mais um exemplo:

Na década de 1940, Bangladesh sofreu com inúmeras inundações, secas, ciclones e outros desastres naturais que mataram milhares de pessoas.

Claro que com o passar do tempo foram implementadas diversas medidas de prevenção. Atualmente, as crianças são ensinadas desde cedo na escola que todos têm que correr para centros de evacuação caso uma bandeira rubro-negra seja acionada. Além disso, o governo instalou um sistema de vigilância para monitorar enchentes que se conecta direto com aplicativos de celular, um dos mecanismos mais modernos de prevenção existentes no mundo.

Por que isso foi possível?

Não somente porque foram tomadas medidas de prevenção, mas também porque Bangladesh tornou-se um país mais rico e próspero durante o século XX e o nível de renda está diretamente associado à capacidade de monitoramento e controle de desastres naturais.

Da mesma forma, todos os anos algumas poucas pessoas morrem por conta de fortes chuvas nas metrópoles brasileiras. Na sua imensa maioria, essas pessoas são de baixa renda e vivem em áreas de risco. Você não vê notícias de pessoas que moram no Leblon (bairro nobre do RJ) ou Alphaville (região rica de SP) morrendo de enchente.

O mundo evoluiu globalmente em termos de renda e isso está diretamente relacionado com a diminuição do número de mortes decorrentes de desastres naturais.

Mas sabendo disso tudo, por que continuamos a responder incorretamente a pergunta que eu fiz no inicio do texto?

Quer ver mais um exemplo?

É muito comum ouvir relatos de pessoas que têm medo de andar de avião, não é? Você provavelmente conhece alguém que tem pavor de voar.

No entanto, no ano de 2016, cerca de 40 milhões de voos foram efetuados. Desse total de voos, apenas 10 resultaram em tragédias. Estamos falando de uma proporção de 0.000025%

Mas é claro que voos seguros não viram notícia, imagina a manchete da Folha de São Paulo:

“Voo 1410 da companhia aérea GOL saiu do aeroporto do Galeão no RJ e chegou com segurança em Sidney, Austrália”

Tampouco vemos esse tipo de informação nos veículos de mídia.

Antigamente, lá na década de 1930, voar era realmente perigoso. No entanto, o cenário começou a mudar depois da convenção de Chicago em 1944, ocasião na qual as entidades aéreas do mundo todo se reuniram e estabeleceram diretrizes para registro de incidentes e solução de problemas.

Desde então, o número de acidentes aéreos caiu mais de 2000% e voar de avião tornou-se um dos meios de transporte mais seguros.

O medo pode nos impedir de ter uma leitura racional dos fatos e esse tipo de situação marcante de um terremoto ou de um avião caindo podem ser facilmente lembradas e é aí que mora o perigo.

Eu to falando isso tudo para você compreender o poder da heurística da disponibilidade.

Muitas vezes nós somos influenciados a tomar decisões por conta do viés da facilidade de lembrança.

Tendemos a acreditar que alguns eventos são muito mais prováveis de acontecer do que realmente são simplesmente porque lembramos de uma ou duas situações específicas marcantes que não necessariamente representam o panorama geral.

Fique atento! Nem sempre aquilo que você consegue lembrar serve como base para tomada de decisão ou para construir uma perspectiva estatisticamente razoável.

 

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Representatividade

Cuidado com o comportamento de tiozão do churrasco.

Imagine uma situação na qual você precisará caracterizar um indivíduo nascido na África como exemplo para uma pesquisa de amostra populacional.

Qual a maior probabilidade de assertividade?

  • O indivíduo pertence a uma família de renda baixa ou média
  • O indivíduo pertence a uma família de renda baixa ou média e possui cor de pele branca
  • O indivíduo pertence a uma família de renda baixa ou média e possui cor de pele preta

Pensa aí e responde...qual seria a melhor opção?

A maior parte das pessoas tende a acreditar na terceira.

No entanto, ainda que a maioria dos africanos sejam negros, a probabilidade de um africano ser negro e ao mesmo tempo de baixa renda é inferior a probabilidade de um africano ser apenas de baixa renda.

Isso porque também existem africanos brancos ou pardos inseridos em famílias de baixa renda.

Uma opção sobrepõe a outra.

Esse exemplo é bastante alarmante e extremo mas serve para você lembrar bem de como as aparências enganam.

A extrema pobreza é um dos principais problemas do mundo atualmente e obviamente não é legal pensar que um indivíduo africano tem grandes chances de pertencer a uma família de baixa renda. Isso nos entristece e gera um sentimento de angústia.

Mas é fato que quando pessoas nascidas no ocidente pensam em África, uma das primeiras coisas que vem na cabeça é a imagem de crianças negras subnutridas.

Todo mundo automaticamente categoriza e generaliza o tempo inteiro e de forma inconsciente. Não se trata de ser preconceituoso ou não. As generalizações estruturam nossos pensamentos.

Mas é preciso tomar cuidado!

Esse instinto pode fazer com que agrupemos de forma equivocada coisas, indivíduos, regiões e etc..

A mídia contribui para isso, através de estereótipos que funcionam como uma maneira fácil e clara de comunicar, mas que nem sempre representam a realidade.

Atualmente, a África é um continente que possui 54 países e cerca de 1 bilhão de pessoas de todos os níveis de renda. Países como Nigéria, Etiópia e Gana apresentaram nas últimas décadas crescimento robusto e consistente nas taxas de educação e sobrevivência infantil.

Mas parece que na cabeça de muitos ocidentais trata-se de um continente que jamais vai avançar.

De todo modo, o objetivo aqui não era falar sobre a situação econômica e social da África e sim explicar como os estereótipos podem afetar nosso julgamento.

Quando temos poucas informações sobre um tema, buscamos condições do passado e julgamos possibilidades de eventos ocorrerem com base na similaridade. 

É mais fácil se basear em estereótipos do que gastar tempo para pesquisar, refletir e combater a própria ignorância.

Esse tipo de atalho de raciocínio é chamado de heurística da representatividade e pode nos levar a distorções da realidade.

Eu costumo brincar que trata-se da heurística do tiozão do churrasco, rsrs.

É óbvio que existem exageros e preconceitos, mas esse processo ocorre com todos nós. É automático e muitas vezes imperceptível.

No ambiente de negócios é comum por exemplo acreditar que o desempenho excepcional de uma empresa no passado é “representativo” para calcular expectativas futuras. Também é comum investidores iniciantes na bolsa de valores retirarem todos os seus recursos quando o mercado começa a cair. Muitos destes não voltam a investir em ações nunca mais por conta dessa experiência negativa de curto prazo.

Mas relaxa...

A boa notícia é que existem precauções simples que você pode tomar para evitar esse tipo de erro de generalização:

  • Pense na relevância estatística dos exemplos que passam pela sua cabeça
  • Procure por diferenças e semelhanças dentro de um mesmo grupo
  • Tenha cuidado com maiorias e minorias (uma maioria por exemplo pode ser de 51% ou de 96%)
  • Cuidado com exemplos excepcionais, eles não costumam ser estatisticamente relevantes

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Ancoragem

A verdade é que absorvemos muito pouco de tudo aquilo que lemos ou escutamos.

É instintivo apegar-se a uma pequena parcela de informação recebida, independentemente da fonte.

Estudos indicam que nosso cérebro absorve cerca de 10% de todas as informações que recebemos...sejam elas provenientes de uma palestra, treinamento profissional, vídeo no youtube, série da netflix ou qualquer outra fonte de informação e/ou entretenimento.

A heurística da ancoragem descreve justamente o desvio cognitivo que produz esta fixação de uma pequena parcela de informação recebida.

O efeito ancoragem ocorre em todos os âmbitos de nossas vidas e influi na forma como desenvolvemos opiniões e tomamos decisões. A âncora funciona como parâmetro fixo, de modo que a decisão final sempre se aproxima da informação ancorada.

“A heurística da Ancoragem não é um processo cognitivo simples, ao contrário, é uma limitação da tomada de decisão, que ocorre em problemas num contexto de negócios reais, e afeta pessoas experientes e inexperientes” (Northcraft & Neale, 1987).

Daniel Kahneman publicou em seu livro “Rápido e Devagar” um estudo com dois grupos de indivíduos. Ambos os grupos deveriam responder duas perguntas, sendo a primeira delas diferente entre eles e a segunda exatamente igual.

Para o =grupo 1, a primeira pergunta foi se Gandhi morreu com mais ou menos de 35 anos. Para o grupo 2, a pergunta foi exatamente igual, mas a idade de referência era 144 anos.

A grande maioria dos entrevistados do grupo 1 responderam que Gandhi morreu com mais de 35 anos, da mesma forma que a grande maioria dos entrevistados do grupo 2 disseram que Gandhi morreu com menos de 144 anos.

Mesmo não sabendo a idade que Gandhi morreu, ambos os grupos de entrevistados seguiram a lógica para responder a primeira pergunta. A expectativa média de vida no mundo é bastante superior a 35 anos e bastante inferior a 144 anos.

Mas aí vem a segunda pergunta, que é igual para os dois grupos:

“Com quantos anos Gandhi morreu?”

Surpreendentemente, a diferença das respostas médias dos grupos 1 e 2 passou de 50 anos.

Repare que o objetivo aqui não é saber exatamente a idade que Gandhi morreu (para os curiosos de plantão a resposta é 78 anos) e sim compreender como os valores apresentados previamente serviram de âncora para a segunda resposta.

Nossa mente tende a avaliar de forma ineficiente os dados absolutos, precisando sempre de um ponto de referência para basear suas estimativas e julgamentos.

Por isso, é muito comum a ancoragem se basear em valores.

No mercado financeiro, é habitual investidores iniciantes ancorarem o preço de compra de uma ação ou fundo de investimento e tomarem suas decisões futuras de manter a aplicação ou se desfazer da mesma de acordo com esta única informação.

Para evitar esse tipo de situação é importante sempre se perguntar quais são os motivos da sua tomada de decisão. Independentemente da variação de preço, será que os fundamentos permanecem os mesmos?

Números isolados são enganadores e podem deixá-lo desconfiado. Sempre busque por comparações e atente-se em colocar as coisas na devida proporção.

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Publicado por

Frederico Nobre

Frederico Nobre

Frederico Nobre - CNPI/CEA - é economista (UFRJ) e fundador do Economia do Dia

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